4 de outubro de 2010

A exaltação precede a queda

Boa noite, A vida é assim mesmo! Nem sempre as coisas ou seres mais expressivos são os que ocupam os primeiros lugares, os seres humanos se jactam pelas suas grandezas, se valorizam acima de qualquer um que estejam ao seu lado, sempre são maiores e melhores que os demais. Porem Diante de Deus tudo é diferente, foi por isto que o sábio apostolo Paulo deixou esta palavra. Na carta aos Filipenses ele disse; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Muitas vezes os seres humanos esta igual os animais da historinha que vou contar a vocês nesta postagem, que de brincadeiras nos servem de exemplo para nosso dia a dia, a referir-me em animais falando, me faz lembrar de uma musica sertaneja que diz que bom se os animais falassem se fosse assim, eu creio que seriamos repreendidos por eles, sem nenhuma dúvida, porque muitas vezes nós procedemos piores que os animais, em nossas exaltações, queremos nos posicionarmos acima dos demais.


Eis ai a historinha.



No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pêlo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição em corridas?

Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa:

- Como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça? O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.

Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador.

É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice.

Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.

Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo.

É animal desonrado, fraco, inútil, não sabe viver senão sob pesadas disciplinas.

Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio.

Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade, informou o monarca, um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. O empregado perguntou:

- Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não - falou o soberano, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês?

- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento espanhol serviria? - insistiu o servidor atencioso.

- De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

- Onde está meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.

O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora,

mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho ainda criança, para longa viagem.

E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal. Em quais das posições que estamos? Como o pobre burrinho, ou como os grandes cavalos de raça? Vigiemos, e consideremos os outros superiores a nós mesmos. Um abraço na todos.


(autor desconhecido)

Nenhum comentário:

Postar um comentário