31 de janeiro de 2010

Inversões de valores




Para definir o que é certo e o que é errado levaríamos uma vida, e mesmo assim não chegaríamos a nenhuma conclusão satisfatória, mas nem por isso deixo de procurar entendê-los. No meu entendimento o problema está no grau de valorização que as pessoas dão aos valores morais.Mas o que vem a ser valor moral e qual sua origem? O valor e a origem estão ligados aos conceitos criados pelo homem dentro de parâmetros religiosos e culturais. É ele próprio quem cria e estipula como se deve viver. Seus referenciais são originários destes dois alicerces. Ao fazer um julgamento moral ele está aplicando sua valorização moral. O que normalmente acontece é que o valor moral varia de uma pessoa para outra, e é neste ponto que digo: “o certo é errado e o errado é certo.” Mesmo entre duas pessoas provindas da mesma cultura e tendo a mesma religião pode ocorrer de divergências morais.Farei duas colocações para deixar mais claro o que pretendo dizer. A primeira é sobre quando é certo matar alguém e de quando não é. A segunda é sobre se é certo usar droga ou se é errado. São dois temas comuns que afeta toda sociedade. Calma que no decorrer da argumentação você compreenderá a complexidade do assunto.Quanto à primeira questão eu diria que o homem não pode matar seu semelhante. Isso é crime e vai contra os princípios religiosos. Mas e no caso do exército? Temos uma contradição aqui. Eles se reúnem num exército em nome da liberdade, da democracia, da pátria, e até de Deus para matar. Mas então como fica isso? Volto a perguntar. É certo matar? Pelo visto em alguns casos pode e em outros não. Quer dizer, matar pode desde que o motivo seja justificável. Qual a conclusão que se tira disso?Essa é apenas uma questão que a vida nos apresenta e que vivo me perguntando por que agimos assim. Marx disse que o homem é alienado. Deve ser mesmo. Como não se importar com o que acontece a sua volta?! Olhe os telejornais e veja que a predominância de notícias envolve tragédias, crimes, violências e corrupções. Tornou-se tão corriqueiro e banal que ninguém faz mais conta. As emissoras buscam audiência através da exploração da dor alheia. É certo isso? Alguns dirão que é errado, mas para as emissoras é certo.Nestes noticiários assistimos bandidos matando policiais; policiais matando bandido; cidadãos matando bandidos; bandidos matando cidadãos; policiais matando cidadãos e cidadãos matando cidadãos, enfim é morte para todo lado. Quem está certo e quem está errado? Um cidadão não pode matar um bandido, mas um bandido pode matar um cidadão sem problema algum. Em certos casos matar é certo, enquanto em outros é errado. É de comum acordo que tirar a vida de alguém é errado, mas mesmo assim isso acontece com tanta naturalidade que não consigo entender. Qual o valor que é seguido aqui? O seguido é o pessoal e não o religioso/cultural. A pessoa sabe que está agindo errado, mas mesmo assim age erradamente.Suponha que um bandido entre em sua casa e você precise escolher entre a vida dele e da sua família. O que faria? Ou ainda. Imagine um policial cercado numa favela tendo que matar para escapar. Qual a atitude que deve tomar? Nas duas circunstâncias o errado seria o certo.Deixando a matança de lado, agora quero finalizar abordando rapidamente a segunda colocação.Nas sociedades é errado usar drogas, mas mesmo assim usa-se. O usuário tem plena consciência do mau que o consumo dela causa e da contravenção que pratica, mas mesmo assim não se preocupa. Ele vai até a “boca” buscar o baseado de maconha, o papelote de cocaína, a pedra de crack e retorna para sua diversão como se tudo fosse muito natural. Sabe por que ele faz isso? Simples, por que para dele não é errado usar uma “droguinha” de vez em quando, mas para restante da sociedade é errado. Essa é mais uma troca de valores. O certo pelo errado e o errado pelo certo.Pelo exposto se conclui que não há o certo e nem o errado. Há apenas valores individuais distorcidos. Pura balela quando se ouve pessoas dizendo que seguem valores religiosos e/ou culturais. É uma pena que os verdadeiros valores morais religiosos e culturais estejam engavetados para quando for conveniente.ouvimos de uma menina que foi estuprada por seu padrasto, estava grávida, foi uma grande polemica: fazer ou não fazer o aborto? Pois ela tinha apenas dez anos de idade, muitos se posicionaram ao contrario, outros a favor, ouvimos varias opiniões. Desfecho final foi feito o aborto, e matado o bebe que estava nela para nascer! Neste caso sim! Foi o que ouvimos, ai vem a pergunta, porque em outros não? Existem muitas perguntas sem resposta, de ambos os lados. Justifica para salvar uma vida matar outra?Diante da palavra de Deus, como fica tal situação? Há ou não inversões de valores em muitos casos? O que é certo e o que é errado em tudo isto?

Vai pensando nisto, voltarei na próxima postagem, um abraço.

O Verdadeiro Louvor


A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR. A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor. O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do Antigo Testamento ordenam que o povo de Deus o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).
O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18). Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de Deus (150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10). MÉTODOS DE LOUVOR. Há várias maneiras de se louvar a Deus.(1) O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de Deus (100.4).(2) Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14.14-16, ver 14.15).(3) O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150.4); instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).(4) Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15). Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de Deus, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb 2.12) e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de Deus “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.(5) Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Jesus nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a Deus (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a Deus (Fp 1.11).MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS. Por que o povo louva ao Senhor?(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(68.19; 103; 147; Is 63.7).
Fonte: BEP